Friday, December 4, 2015

Histórias de Sombra...


Desafios/Oportunidades da Nova Era

Histórias de Sombra – Sustendo, Integrando e Evoluindo…

Hoje[1] escrevo para me ajudar…

Hoje escrevo para Homenagear…

Hoje escrevo porque sim…preciso de manifestar emoções…e Chorar…Curar…

Tenho dado um claro privilégio, especialmente neste espaço/blog, ao que chamo de Histórias de Luz, mas como normalmente na vida as coisas têm pelo menos dois lados…JTudo tem o seu Papel e Importância…Tudo faz parte…Tudo Um…

Está na hora de abordar uma questão que penso que nunca abordei aqui explicitamente, o Morgado é vizinho da Almina (antigas pirites alentejanas, hoje no essencial explora-se o Cobre). Aljustrel tem um longo historial de exploração mineira, sendo das minas de Portugal mais antigas. A Lavaria da Mina de Aljustrel ocupou parte significativa da antiga Herdade do Morgado a caminhar para o final do século passado. Nessa altura o Morgado passou de 230ha para os actuais 130ha. Aproveitou-se a melhor e mais abundante linha de água da Herdade (“ah, como era boa a água do barranco do Morgado”) para se construir “instalações de resíduos”, onde se depositam os “rejeitados” (todos os metais que não interessam e que são separados no processo de apuramento dos concentrados de cobre). Um Paraíso com capacidade para o ser cada vez mais…foi destruído…e transformado num Inferno…numa paisagem lunar/marciana onde a Vida luta para subsistir…e para que? Com que Sentido? Já lá iremos…  

Claro que, quando comecei esta Aventura esta vizinhança era e é um factor importante. Desde o inicio que procurei uma aproximação à empresa até para conhecer melhor um processo que me era de todo desconhecido. Como tenho descrito no blog, as soluções para Regenerar, Curar e Restabelecer/Construir/Criar Habitats Humanos que possam acolher e estar em Harmonia com a Nova Fase da Evolução da Consciência Humana são “embaraçosamente simples”, a exploração mineira como é feita hoje em dia ao lado do actual Morgado é um processo bem mais complexo e difícil.

Das primeiras acções que me lembro de realizar no Monte (2010) foram precisamente análises às diversas fontes de água da Herdade, no sentido de despistar qualquer foco de “poluição” (ou de uma concentração excessiva de algum componente resultante da acção humana). Muito Grato ao Engenheiro do Ambiente e amigo Pedro SerpaJ. Ao longo dos cerca de 5 anos que leva esta aventura penso que reuni com a administração da Almina apenas cerca de 5 vezes (maioritariamente por minha iniciativa, especialmente se excluirmos as vezes em que a empresa precisava mesmo de informar ou chamar a atenção do vizinhoJ). Tirando a primeira vez, o meu principal interlocutor foi o Eng. Arménio Pacheco com quem gosto de conversar (também por que me lança diversos desafios que me fazem pensar e evoluir) e por quem nutro carinho, respeito e compaixão, apesar de como devem calcular as interacções não serem nada fáceis e energeticamente exigentes. Também tenho sido, principalmente, ouvido pela Engenheira do Ambiente Vera Palma e mais recentemente pela responsável dos recursos humanos Dra Ana Isabel Braz. Desde já os meus Sinceros Agradecimentos por toda a Atenção e Paciência em me aturaremJ. 

 No geral a interacção com as pessoas que trabalham na Almina tem sido cordial e agradável. Também aqui muitas histórias podiam ser contadas. Em especial, lembro-me como um dos seguranças da mina me salvou a mim e à minha filha (Lara) quando já era noite cerrada e queríamos sair do Monte e a carrinha ficou sem bateria. Eternamente Grato!

Ao longo desde últimos 5 anos tenho interagido com diversas pessoas da comunidade que rodeia o Morgado, de Aljustrel e Rio de Moinhos e percebe-se realmente a influencia/importância do rendimento monetário que a mina vai proporcionando. Mas depois normalmente vem a pergunta do “Chato”J então mas está a cumprir o seu Sonho? O que lhe vai na Alma e Coração? Como é que se sente? …”ah…cá vamos…vamos andando…cada vez pior”…é um trabalho difícil, mas como muitos outros “vai entrando no corpo”…torna-se um hábito…um ganha pão...sinto que as pessoas não têm aquilo brilho nos olhos…o que eu gostava realmente? Era isto, aquilo e outra coisa…mas não há mais nada…pelo menos aqui e agora tenho o rendimento certo…afinal parece que não evoluímos ainda muito em termos de realmente se Humanizar o Trabalho…

Tenho um grande Respeito, em especial, pelas pessoas que se sujeitam a condições de trabalho que, por mais protecções e seguranças que se promovam, claramente lhe degradam a qualidade e esperança de Vida…”pois sabe…é que eu trabalhei na mina e tenho esta mazela aqui…e mais esta e aquela Dor acolá”…

Claro que quando comecei esta Grande Aventura (depois de ter entrado na maior Aventura de Sempre que foi ser PaiJ) as interrogações e dúvidas eram bastante maiores…mas quanto mais se caminha na direcção certa, mais fácil se torna caminhar…e de alguma forma todo o nosso percurso nos vai preparando para estar no aqui e agora. Talvez tenha sido na primeira reunião com o Eng. Arménio que lancei a pergunta…imagine que o seu terreno (no fundo a sua casa e o projecto que despoletava no senhor aquele brilho nos olhos) era aqui ao lado? Ele imediatamente respondeu: Não tem problema nenhum, as instalações de resíduos estão impermeabilizadas (como se a Natureza fosse assim tão fácil de controlar, prender…como se não houvesse incerteza…como se o mágico incognoscível já tivesse totalmente decifrado). A Natureza tende a democratizar, espalhar, partilhar o que está excessivamente concentrado…Equilibrar…

Nesta altura inicial e a meu pedido, foi me facultada uma visita às instalações da Lavaria. Tive uma Bela guia na pessoa da Eng. Vera Palma. Muito Obrigado por Toda a Atenção, Disponibilidade e PaciênciaJ em ouvir e responder às minhas questões e alguns desabafos! Apesar de diversos emails e pedidos terem ficarem sem resposta, sinto que a Vera faz o que pode para no essencial não pôr em causa o seu emprego/ou posto de trabalho, o seu rendimento monetário. Será que segue o seu sonho? Não podemos ser fundamentalistas disse me ela um dia…”espero que tenha ficado com uma melhor imagem da Almina com esta visita”… realçando me (a mim o EconomistaJ) o papel que a empresa tem no “crescimento económico” do Pais…vou resistir, por agora, a falar deste conceito para não me dispersarJ

Guardo imagens, sons, cheiros, sentimentos, emoções desta visita…eu que tinha passado os últimos meses a plantar as primeiras árvores na Escola da Grande Árvore (no Morgado) e começado um processo Alquímico de re-ligação com a Mãe Natureza…a minha Sensibilidade estava já mais apurada…e com isso vem também mais Consciência. Comparado com o que vi e senti, o que fazia era tão mais Simples e Belo…no Fundo é Poesia…como alguém que disse recentemente…a poesia é das expressões mais elevadas que o Ser Humano pode almejar…

No princípio da visita… (devemos estar atentos aos princípios, pois se sentimos que eles estão errados…como podem os fins estar certos?), comecei logo a ficar desconfortável tal eram as recomendações e cuidados a ter, equipamento a vestir…etc…  

Talvez a melhor forma de descrever a instalação industrial é que não é nada potenciadora de Vida…embora tenha que dizer que na ultima reunião que fui, já na companhia da minha filha Lara (agora com 7 anos) e com o meu agora companheiro de jornada Pedro Horta (um autentico anjo que desceu dos céus na altura certa), nos deparamos com um ninho de pássaros num dos jovens cedros plantados ao pé do edifício da administração do complexo industrial. A capacidade/generosidade de resposta da Natureza dá realmente fé e esperança…J.

A Vida Continua Sempre…

Lá continuamos a visita…observamos como o cobre é transportado do subsolo para a lavaria…e depois passa por uma processo de redução do seu volume, limpeza e apuramento do produto final (os almejados concentrados de cobre). Em todo o processo são usados produtos químicos (não sei quais, nem como depois se faz a gestão dos mesmos) e enormes quantidades de Água!

Na altura ao testemunhar o processo senti…esta água está a sofrer…L…vai precisar de Cura…recentemente ao encontrar um dos livros do Masaru Emoto (Obrigado Mana!) este sentimento ganhou nova vida e dimensão.

Há diversos tipos de impactos menos positivos que a instalação externaliza e, a meu ver, não paga/nem compensa. Já lá iremos…um deles é a “poluição” sonora não só de todas as máquinas que se operam mas em especial do chamado “moinho” que reduz o volume do minério que sai da mina (depois de muitas perfurações e explosões…a visita ao interior da mina é uma jornada que ainda tenho de realizar). Mais uma vez o Ambiente ao seu redor…é…difícil para ser simpático…como é que as pessoas conseguem vir trabalhar para aqui todos os dias? Como é que se sujeitam a isso? …e lá vem o velho discurso…pois para ti é fácil falar tens todo o apoio que precisas…Jsim…cada vez mais acredito que temos tudo o que realmente precisamos para cumprir o nosso potencial e missão divinosJnem mais, nem menos…

O “Moinho” normalmente trabalha 24 sobre 24 horas…ouvindo –se a kms de distancia…interrompendo o silencio da noite…perturbando ou embalando quem o ouve…sim, mas nós cumprimos a lei dizia o Eng. Arménio temos os nossos redutores de ruído. Sim, nós cumprimos a lei…sim…está tudo dentro da legalidade…e as poeiras? E a qualidade da água e do Ar? E as infiltrações? E os ecossistemas destruídos? E as árvores centenárias abatidas? E ? e ? E…? SIM, MAS NÓS CUMPRIMOS A LEI…ESTÁ TUDO LEGAL, tendo em conta a Lei Portuguesa…talvez…mas e a LEI DA VIDA? Ou mesmo a Nossa Lei Fundamental? A Constituição? Se o Principio está Errado…Nas ultimas Conferencias de Aljustrel foi dito que o concelho tem das mais altas taxas de Cancro das vias respiratórias do pais…mas provavelmente também está dentro da Lei…!

Senti que o que estavam a tirar deveria permanecer naturalmente no subsolo…há concerteza outras formas de obter os minerais que realmente precisamos…reciclagem a fazer…Paradigmas para Transformar e Evoluir…

Ainda na visita percorremos, agora de carro, os terrenos que ladeiam as “instalações de resíduos”, na prática duas/três barragens feitas na linha de água do Morgado…”chegamos às Caraíbas dizia a Vera” pois em especial uma das bacias tem uma tonalidade azul…mas o banho ali não será tão reconfortante como nas Caraíbas…ainda visitamos uns terrenos que recentemente a Almina tinha trocado com o meu Pai (também recente e orgulhoso proprietário do Morgado…pois para ele era a concretização de um Sonho de criança…deter o terreno onde viveu a sua infânciaJ) para realizar mais uma obra megalómana de abertura de uma enorme vala para evitar que mais água da chuva escorre-se para as “instalações de resíduos”…assim se mudou o curso da principal linha de água do Morgado e se abriu mais uma imensa ferida nesta Terra Sagrada. Bem, mas eu e o meu pai tínhamos sugerido que se procurasse melhorar o solo ali….pois tinha ficado coberto de pedras e seria bem mais complicado que a vida voltasse a brotar ali…”mas estes terrenos não são vossos”...dizia a Eng. Vera…mas que interessa isso…?

Naquele dia ainda visitamos uma zona que serviu de promotora da reunião…uma mais antiga vala de água que servia de descarregador para uma das barragens que na altura ainda não estava com excesso de metais pesados e que tinha uma passagem (construída em tempos e sobre a qual a administração e a engenheira Vera nem tinham conhecimento) para a Charca do Morgado. Logo no princípio desta aventura e sendo a água uma das questões fundamentais (se somos cerca de 70% água…resolvendo as questões da água temos cerca de 70% do problema resolvidoJ), eu e o meu amigo João Gonçalves decidimos começar a puxar (apenas com um tubo ferrado) água da vala (que agora é a principal linha de água das chuvas do Morgado) para abastecer a nosso Lago…Sentia que estava a “salvar água” pois a água da chuva que passa por esta linha de água se iria juntar com a água “tratada” da Mina….

Esta linha de água foi depois “limpa” pela Almina supostamente com o aval e orientação ”das entidades competentes que orientam”…a Lei criada pelos Homens manda…o que sinto é que se matou de novo toda a Vida que já brotava naturalmente no sítio e que começava a Curar a linha de água…depois das máquinas rasparem o terreno a Natureza recomeçou de novo o seu trabalho…sempre recomeçaJ…e o poder de trabalhar Com Ela, em vez de Contra Ela é Tremendo e Maravilhoso… 

Por fim ainda fomos visitar a zona das “descargas de água tratada para o ambiente”, é assim que se referem como se a Almina vivesse fora desse mesmo Ambiente! A Eng. Vera e Eu a seguir lavámos ai mãos...”vê…é boa…nós agora é que somos a fonte do barranco do morgado”…depois de ver e sentir o processo que aquela água passa não a recomendava a ninguém…mas sem dúvida que aquela água estava em processo inicial de Cura e Libertação.

Algum tempo depois falei com o responsável da empresa independente Ambipar Control (paga pela Almina) que faz as análises periódicas à qualidade da água em diversas zonas do Morgado (na parte da Lavaria e inclusive na nossa propriedade, embora não tenhamos lamentavelmente acesso aos dados que são apurados). Ele dizia que não aconselhava nem os animais beberem desta água, pois passa por um processo complexo, quanto mais perto da descarga pior. O que? ele disse isso? Comentou o Eng. Arménio. Então eu ando a pagar-lhe para ele dizer isso?!…Até os carros que passavam pela linha de água avariavam devido ao contacto directo com o agressivo fluxo de água “zangado, abusado e violado”.

Recentemente a Almina deixou de fazer descargas…pois ao longo do último ano realizaram mais uma obra de grandes dimensões, o alteamento (brutal aumento de capacidade) da principal instalação de resíduos/barragem que já estava muito perto da sua capacidade máxima, agora a Almina tem uma capacidade muito maior de gerir a água e realiza um circuito fechado…parece que a água não será mais Libertada até se atingir o novo máximo. Inclusive a Almina acabou de construir um açude (com betão) na vala de água construída à poucos anos, e que mencionei à pouco, para agora voltar a captar as águas pluviais. Com o actual crescimento do projecto mineiro as quantidades de recursos gastos aumentam de dia para dia e a água é um recurso cada vez mais indispensável, também para a Almina. Os impactos destas obras são muitos e serão durante muitas gerações…a empreitada para o alteamento da instalação de residuos foi começada sem sequer nos informarem (apesar de estarem a operar paredes meias com o actual Morgado). Mais uma vez solicitei uma reunião…na qual o Eng. Arménio amavelmente e com paciência me explicou o que se estava a passar. Esta obra durou mais de um ano (2014)…e tornou ainda mais inabitável a parte habitacional do Morgado.

No ano passado (penso que ainda no verão de 2014) solicitei nova reunião, depois de estar a acumular, a observar e a suster mais e mais questões e externalidades negativas (é assim que os economistas se referem a efeitos causados por determinada actividade mas que normalmente não são internalizados, pelo menos na sua totalidade, nos seus custos, não são contabilizados no seu plano de rentabilidade).

Se fizéssemos esse trabalho de calcular os Reais Custos, se houvesse essa Consciência, se fosse possível quantificar…provavelmente muitos dos projectos supostamente rentáveis (ainda que apenas monetariamente) não se tornariam viáveis.

Desta vez precisava também desabafar ao ponto de o Eng. Arménio ameaçar mudar a forma como se tinha vindo a relacionar comigo, numa perspectiva de “boa vizinhança”. Estive, confesso, quase a “partir a corda” e por de alguma forma em causa o trabalho de proximidade que tinha desenvolvido com as pessoas. Pois, no fundo o que interessa aqui são as Pessoas…pois com diz a Mãe da Lara e minha eterna Companheira Mónica, o Planeta vai continuar de uma forma ou de outra…nós…é que muito dificilmente sobreviveremos (pelo menos nesta forma física) se não começarmos claramente a mudar o Paradigma…a Evoluir…a Respeitar mais o nosso Planeta. 

Tendo tido a possibilidade/bênção de viver e trabalhar já em 3 continentes diferentes…foi-me sendo dada a orientação/revelação que o Morgado e o projecto que começamos podia representar, com as devidas reservas e enraizado no seu micro cosmos, o que na verdade está a acontecer um pouco por todo o Planeta. Este conviver de um Paradigma de Desenvolvimento que se mostra cada vez mais obsoleto, opressor, destruidor e baseado no Medo…e uma nova e imensa vaga de projectos e seres que já abraçaram um caminho de Criação optimista mas bem enraizado no solo que pisam…agindo localmente mas com uma perspectiva global…que tanto nutrem a sua base existencial e física como o seu Desenvolvimento Espiritual…optam por se Libertarem e Viverem os seus Sonhos e Realizarem todo o seu Potencial DivinoJ. Com Amor.

É preciso cada vez mais agradecer ao velho paradigma por todas as aprendizagens e revelações mas solta-lo e acolher, de forma muito Amorosa e Curadora, o Novo. Em especial, ajudar as pessoas (eu incluindo!J) que estão presas e agarradas ao velho paradigma de evolução humana a optarem por uma caminho diferente, aquele que o seu próprio Coração ditar… o que a sua única, Insubstituível e incomparável voz interior ditar. Aprofundando, Desfrutando e Agradecendo…

Voltando a sala de reuniões da AlminaJ…que nesta reunião do ano passado já contou com o Anjo Pedro HortaJ, íamos também com ideias de sugerir um projecto à Almina. Desde o início que pensei que podíamos desenvolver uma Real e Verdadeira Parceria para a Regeneração do Morgado (com os seus 230ha e mais alémJ). Apresentamos a ideia de um possível corredor verde que servisse múltiplos propósitos entre a Almina e o actual Morgado. Muito bem, fomos incentivados a apresentar um projecto (apesar de para a Almina, na voz do Eng. não fazer sentido nenhum, pois não era um projecto mineiro…mas vá eu até valorizo o esforço que fazem…vá apresentem lá um projecto bem feitinho dizia o Eng.) que poderia ter de orçamento entre 1 a 1 milhão de euros.

“Sim, já escreveu os valores?..mas vejam lá se não apresentam nada megalómano”, dizia o Eng. Arménio.

Nos próximos meses trabalhamos na apresentação desta proposta…queria aqui deixar também escrito o meu público agradecimento ao Pedro Horta pelo seu especial empenho na materialização da Proposta “Portal para a Biodiversidade do Morgado”J

Segundo as orientações que recebemos ainda conseguimos apresentar a proposta antes do final de 2014, ainda que com um orçamento incompleto. O único feedback que recebemos (da Eng. Vera) foi…por favor, completem o orçamento. Ok. No dia 25 de Março de 2015 finalmente conseguimos completar o orçamento que comporta um valor entre 100 mil a cerca de 200 mil euros (ainda que não orçamentando todo o trabalho já realizado e muito do que iremos realizar). Bem abaixo do valor limite que nos tinha sido apresentado…ainda que provavelmente em tom de brincadeira.

Esperámos…entretanto começamos a procurar abrir outras janelas, a Câmara Municipal de Aljustrel, a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), a Esdime – Associação de Desenvolvimento Local que gere fundos europeus, Tamera,…etc, com a firme convicção que o Portal vai ser uma Realidade no Terreno de uma forma ou de outra. Essencialmente, também procuramos apoios não só financeiros mais na própria revisão do projecto, que é para todos os efeitos uma proposta preliminar. 

Voltei a ser contactado pela Almina no início de Julho de 2015, pensava eu que iríamos finalmente discutir a possibilidade de realmente a Almina financiar este Projecto e nos Meus Sonhos conseguirmos criar uma Verdadeira Parceria em Prol do Morgado e de toda uma Região dando um exemplo claro a Aljustrel e ao Mundo como dois projectos aparentemente contraditórios poderiam coexistir cada vez mais Harmoniosamente…começando a caminhar e a dar o exemplo de como uma alternativa à exploração mineira (que inevitavelmente cava a sua própria sepultura) é não só possível como cada vez mais Urgente.

“Falaremos sobre o projecto? Perguntei eu à Eng. Vera. Também…foi a resposta breve.”

Fiquei com Medo! J Ainda assim e não sendo propriamente a semana ideal para me deslocar à Almina (o tal ambiente não muito agradável de se estar, mesmo nos escritórios e salas de reunião climatizadas artificialmente) visto estar com a Lara (minha filha de 7 anos), lá fomos eu, o Pedro e a LaraJ.

Notei/senti algum desconforto no Eng. Arménio e também na Dra Ana Isabel Brás quando nos receberam. A notícia não seria agradável de receber e Eles sabiam, pois já me conhecem um pouco. Começou mais ou menos assim o Eng. Arménio “Convocamos a reunião para falar sobre 2 assuntos…o primeiro mais fácil/simples e o outro sobre o projecto que apresentaram…vamos construir um novo açude e vamos ter que ocupar uma parte dos vossos terrenos.”

Mapas foram mostrados…justificações foram dadas. Na altura da anteriormente referida troca de terras, aquando da construção da nova vala que desviou a original e provavelmente milenar (ou mesmo com milhões de anos…ou mais) principal linha de água do Morgado e cujas reais e totais consequências ninguém pode saber totalmente, foi feito um acordo de troca de terras para permitir a construção da vala nos terrenos do Morgado da altura. Nesse acordo a Almina salvaguardou que podiam existir e desde logo seriam aceites variações/ajustes na ordem dos 10%. Segundo o Eng. Arménio a área a ocupar estaria bem dentro dos 10% e, pronto, ainda assim estavam a fazer-nos um favor ao nos informarem antes de as máquinas irem para o terreno (ao contrário do que fizeram na obra anterior), promovendo uma relação de “boa vizinhança”. Provavelmente tudo isto já estaria previsto à anos e nós apenas somos informados dias antes das máquinas entrarem no terreno…para quem tem um Mestrado sobre o Desenvolvimento a partir de Baixo esta situação é bem difícil de digerir…

Enfim, como para mim é cada vez mais difícil analisar as acções que vão ser tomadas a cabo no terreno, sem estar no terreno, combinamos nova reunião para dai a uma semana…pois eu estava já de malas e pensamento aviado para ir ver o meu sobrinho João que tinha nascido no dia de São João! Dia 24 de Junho. Estas linhas também são escritas a pensar em Ti, João…aliás todo o projecto do Morgado é realizado e sonhado tendo em conta as gerações seguintes…JTambém o nome Morgado significa algo relacionado com Herança, Legado…e sem dúvida procuro também honrar, valorizar e agradecer o Legado que o meu Pai me dá…

Quantas árvores vão ser sacrificadas? Uma ou duas…dizia o Eng. Arménio.

A questão também veio à baila porque dos aspectos que mais um custou observar na obra anterior, de subida abruta do paredão da instalação de resíduos foi o arranque e transplantação de diversas azinheiras (árvores protegidas pela Lei dos Homens!) centenárias na ilusão idiota, ignorante e irresponsável de que sobreviveriam…inclusive eu na altura acho que acreditei que poderiam sobreviver (partilhando da mesma idiotice e ignorância). Mas claro, sentia o princípio claramente errado…e se o princípio está errado…é mais um legado da intervenção mineira no Morgado, um Cemitério de árvores centenárias…fotos de homenagem serão divulgadas…

Ah, e em relação ao nosso projecto…apesar de o Eng. Arménio ter o mapa e o orçamento no seu caderno de notas, percebemos tristemente que nem o tinha lido…tinha apenas lido um resumo que a Eng. Vera lhe tinha feito, depois de lhe ter, segundo ele “tirado a palha”. O projecto é agora considerado megalómano e o valor que nos foi oferecido subiu de 1 euro para 5 mil euros ou desceu de 1 milhão para 5 mil consoante queiramos interpretar…pois o Eng. afirmou que não tinha dito isso, ou que não foi bem assim que disse…Além do mais, agora, passados alguns anos de me ter dito que eu não teria problema nenhum o Eng. espanta-se de eu ter escolhido me dedicar a um terreno vizinho de “uma instalação destas”. Foi me dito para pensar quanto valia o Morgado, dando a entender a intenção da Almina o comprar.

Hoje a Almina tem um poder e uma influência excessiva e desequilibrada em Aljustrel, cerca de 880 (incluindo prestadores de serviços e subcontratados) pessoas trabalham na mina que em 2014 extraiu mais de dois milhões de toneladas de minério. A Almina (concessionária pelo Estado das minas de Aljustrel) está a investir 45 milhões de euros para aumentar a sua capacidade de produção e criar mais 20 postos de trabalho assim como reforçar a componente ambiental e social da empresa.

45 milhões para 20 postos de trabalho???!!!! Em 2014, investiram 104 milhões para criarem apenas 230 postos de trabalho. A Almina pertence ao grupo I´M Minning que investiu mais 21,5 milhões em Aljustrel através da Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro (EPDM) também por si detida. Neste Ano (2015), a Almina prevê atingir um volume de produção de 2,3 milhões de toneladas de minério, mais 300 mil toneladas do que em 2013 e o dobro do que em 2012. Espera facturar cerca de 125 milhões de euros, mais 20 milhões do que 2014. Em 2011, o grupo I´M Minning tinha a perspectiva de que em seis a oito anos não poderia produzir mais nas minas de Aljustrel, mas hoje pensa que tem minério (cobre/zinco) para mais 10 anos. “O nosso principal foco é conseguir prospectar, sondar a área que nos está concessionada e alguma área que vamos querer que o Estado futuramente analise para nos conceder para podermos dar longevidade a este projecto” assumiu recentemente o presidente da empresa, Humberto Costa Leite. Dados/informação retirados de um Jornal Local.

Posto isto como pode ser o nosso projecto considerado megalómano? E não me digam que não há dinheiro…podem dizer que não há vontade…nem Consciência para…mas dinheiro há e muito…

“Se é assim que quer viver…por cima de uma exploração mineira que até lhe vai fazer saltar os pratos quando estiver a comer”…e riam os nossos interlocutores…Eu…no meio de uma Consciência Testemunha (que promove a Equanimidade) que está a ser apuradaJ, sentia real desilusão e tristeza a apoderar-se da minha “casa de hospedes”L. “Sabe que abaixo de 3 metros, o subsolo pertence ao Estado, NADA pode fazer”. Resta saber Quem é este Estado…e que interesses, princípios e valores serve.    

Quinta-feira dia 9 de Julho de 2015 retornei do Norte de Portugal…pronto para mais uma Jornada no Morgado, Monte da Luz. Costumo dizer que o Morgado me Cura, Purifica……O Verão tem sido bem desafiante, já estamos em situação de seca, a manhã de trabalho também tinha sido exigente, mas nada comparado com o que vinha a seguir.

Lá nos encontramos no sítio da construção do novo açude, o Eng. Arménio (personagem que, no fundo, aprendi a gostar realmente…relembro que alguém dizia, ah, mas ele é um pouco rude e difícil de lidar…percebo a questão mas sinto que desde o inicio realmente conseguimos comunicarJ) vinha acompanhado pelo Eng. Emanuel Conceição (reencontrei aqui esta pessoa que me acompanhou num convívio fraterno em 2002, no seminário de Beja, engraçado as voltas que a vida dáJ). Vinha bem-disposto e a brincar…ah, chegaram mais rápido a pé que nós de carro!...pois também sinto que conheço melhor o terreno que o sr! (pensei eu, até porque me pareceu que era das primeiras vezes que o eng. estava naquele local). Vou tirar-lhe uma foto com esse chapéuJvou lhe enviar a foto…quer ver está aqui no meu telefone como o “chato”Jna verdade estava como vizinho Parreira filho..…olhe, aqui veja a minha filha junto ao Fábio Coentrão…não é só você que tem filhas bonitas…J

Já tinham estado a marcar o terreno com estacas no dia anterior, e quando percebi o que realmente estava em causa…que não era uma ou duas árvores que seriam destruídas mas sim todo um Ecossistema de Montado de Azinheiras (algumas com centenas de anos), uma Floresta Sagrada por onde eu diversas vezes tinha ido receber ensinamentos e iluminações de diversas ordens, enfim, o Valor deste espaço não pode ser quantificado…nem temos ainda essa compreensão. Com o desenvolvimento da Sensibilidade (a Consciência vem através do apuramento da Sensibilidade) que os últimos anos de trabalho no Monte me proporcionaram fiquei imediatamente mal disposto como se tivesse levado um forte murro no estômago. A conversa continuava, agora também com a Engª. Vera e a Dra. Ana Isabel, mas parecia-me distante…difusa…

Sei que para o Eng. Arménio e para a restante equipa já deve ter sido um belo esforço de consideração e “boa vizinhança” os esforços despendidos para me explicarem e convencerem da validade e importância do açude (e também por isso aqui fica escrito o meu sincero agradecimento). “temos as máquinas paradas…permitimos que fosse embalar o seu sobrinho…etc…etc…estou aqui a explicar-lhe as razões desta obra, até a mesma é imposta pelas entidades responsáveis….está tudo dentro de Lei…e mais blablabla…Olhe, que eu reduzi o perímetro de segurança, senão lá ia a encosta das árvores toda!”

Naquela altura parece que realmente a energia feminina se manifestou e surgiu a ideia de só se arrancar as árvores estritamente necessárias para a construção do açude, embora correndo o sério risco de morrerem posteriormente por excesso de água.

O açude será construído no que sobra da original linha de água do Morgado, para poder conter uma possível ruptura da nova e imensa instalação de resíduos (o verdadeiro e maior problema), além de poder também conter possíveis novas “descargas para o ambiente” quando se atingir a cota máxima da nova instalação. Ah, também ajudará a prevenir a erosão, pois a água vai descarregar em lâmina acrescentou o Eng. já que por esta altura, em especial o Pedro ia lançando algumas questões de forma a minimizar danos.    

Mais uma vez a paisagem vai ser rapidamente alterada sem realmente se saber todas as consequências de tal acção…como poderemos saber? E depois quem assumirá as responsabilidades? Será o fim da linha de água do Morgado…um novo começo…a água será boa? Pois antes do açude só a água da chuva passava ali (pelo menos à superfície) agora, depois de construído já se notam infiltrações de água muito provavelmente “contaminada”, pois como se viu no recente acidente numa mina do Brasil a natureza mais cedo ou mais tarde trata de democratizar, espalhar, libertar o que está excessivamente concentrado…fotos serão divulgadas no blog…

Saímos e fomos levados novamente para a sala climatizada e para alguns copos de água (entregues por uma empregada da Almina com as mãos a tremer)…ainda tentei explicar a dor que estava a sentir e o quanto me custaria ver tal coisa acontecer, provavelmente nem conseguiria assistir. Senti alguma ressonância nos olhos do Eng. que o Pedro diz parecerem vazios quando ouve algumas das coisas que lhe dizemos. Mas a decisão estava tomada, à muito…muito tempo…e ele tinha mais que fazer (apesar de sinceramente gostar de conversar connosco).

“Depois quer a madeira toda cortadinha? Para si?...A gente leva-lhe isso”…apertamos as mãos, agradecemos e saímos. Respeito e não tenho nada contra o Eng. que considero um muito bom profissional e acredito genuinamente que faz o melhor que pode e consegue assim como todas as pessoas que tive o privilégio de conhecer...Esta História é no Essencial a Favor de Mim...e não contra nada, nem ninguém...

Em especial a noite e o dia a seguir não foram fáceis, no dia a seguir e nos dias seguintes ainda enviei mensagens a manifestar que não conseguia compactuar com a obra e não autorizava que destruíssem nada para lá da nossa vedação…pedia mais Tempo, mais Espaço para podermos discutir alternativas, pensar bem, tinham que existir…tem que existir (açude mais pequeno?, vários mais pequenos? Fazer só do “vosso” lado?…sentia o principio novamente fortemente errado… pedi o estudo de impacto ambiental…não obtive qualquer resposta…as obras começaram na segunda feira dia 13 de Julho e num dia só a destruição foi Impressionante…fotos e vídeos de homenagem serão divulgados…

No Outono passado (novembro de 2014) choveu bastante e como é normal (e sobretudo devido às feridas abertas no Solo do Morgado e à sua consequente e deficiente incapacidade de absorver a água, a Vida que lhe é depositada) o Morgado a partir de certa altura sangra…e em especial num dia sangrou bastante, imensa água/vida passa pelo Morgado mas não fica muito tempo.

Em especial no sítio onde se está a construir o açude passou bastante água com uma velocidade impressionante…mais uma vez tem de se estar, ver, sentir na pele e na carne para realmente aprender/absorver com a experiência de forma mais profunda e integral.

A zona do novo açude está no ponto mais baixo da linha de água e nesse dia até a zona das “descargas para o ambiente” jorrava água…”tratada”? Sim, claro…cumprimos a Lei.

Depois desse evento extremo a Natureza respondeu e houve uma explosão de Vida naquela zona…toda a rica e extensa biodiversidade própria do clima mediterrâneo[2] germinou e recuperou, diversas árvores que resistiram ao impacto da água cresceram…outras, especialmente jovens salgueiros corajosamente nasceram e cresceram, toda a Natureza juntou esforços e alianças para fazer face a uma nova tempestade com força redobrada. É também isto que tenho observado no Monte, ano após ano a Mãe Natureza indica, por vezes de forma muito subtil, o caminho…ensina para quem se dispõe a aprender os seus mistérios e magias…a sua imensa beleza e harmonia num aparente caos. Depois de dia 13 de Julho…concretamente na linha de água pouco mais havia que pó…e algumas árvores já haviam sido arrancadas…mas como quase sempre (a menos quando abusamos de tal forma que se torna praticamente impossível uma regeneração) a Natureza vai responder…

Esta História[3] é essencialmente uma Homenagem a um Real Espaço Sagrado que, inclusive enquanto escrevo hoje está a ser apagado da História….está a ficar irreconhecível...está a ser Sacrificado…tinha de acontecer? Sim, dirão muitas pessoas e as “entidades responsáveis” e até talvez algumas Leis escritas por nós…Eu também digo que Sim…mas por razões diferentes[4]…e por isso estas linhas são escritas e divulgadas ao Mundo…tenho essa vontade, essa responsabilidade…esse desígnio…esse Sonho…

…Eternamente Grato por Todos os Desafios, Revelações, Aprendizagens e Oportunidades proporcionadas…

…que continuemos a Caminhar…que todos (as) que quiserem se manifestem aberta e livremente, que Papel deverão ter os terrenos vizinhos de zonas mineiras? Vamos continuar a fugir para a frente o mais rápido que conseguimos e sem questionarmos o caminho? Ou paramos, respiramos e caminhamos para cima? Vamos evoluir de Paradigma? Vamos dar real Sentido à nossa Caminhada Diária? Ou só porque a China e a India decidiram beber coca-cola (como dizia um dos administradores da Almina numa das Conferencias de Aljustrel) vamos hipotecar o nosso presente e futuro? Para Real Proveito de Quem? Do Que?

Não se criam Paradigmas novos de um dia para o outro…mas há que traçar um caminho, um horizonte, um sentido, uma visão e trabalhar no presente para isso…e o que claramente senti nos últimos tempos é que a Almina não demonstra essa vontade...assim os habitantes de Aljustrel e das regiões vizinhas devem ter o Poder de decidir…Aljustrel é uma zona para se Viver ou para Explorar e depois apenas visitar como Turista de zonas Mineiras?…Hoje, Eu já não quero a minha família a Viver em Aljustrel…não recomendo a ninguém que venha viver para a vila, pois também está na direcção do vento dominante (absorvendo bastante a poluição do ar provocada pela lavaria da almina)...

…Agora, estamos a tempo de reverter….Tudo é Possível…a mina a funcionar e a regeneração a acontecer para que quando se der o inevitável fecho das minas os seus trabalhadores possam ter alternativas de Vida com Real Qualidade…Aproveitaremos a Oportunidade?

…Aprofundando, Desfrutando e Agradecendo…

José Parreira
00351 966368199



[1] Dia 17 de Julho de 2015
[2] Como está previsto no Portal do Morgado, contamos editar um Guia da Flora do Morgado, à semelhança do que já patrocinou a Somicor em Castro Verde (Mina com características semelhantes à da Almina embora com uma dimensão bem maior).
[3] Tem um valor em Si mesmo…não pretendo nada para além de a manifestar e de me responsabilizar pela mesma, dentro das minhas enormes e belas limitações e defeitos como Ser Humano apenas me reservo o direito de Sonhar e partilhar esse Sonho. É a minha Verdade, Hoje…
[4] Como o meu Pai costuma dizer…”está Tudo Previsto”J…mas terei a Coragem, teremos nós a Coragem e a Sabedoria para Realmente Percorrer o Caminho…Sonho que Sim…

Friday, October 23, 2015

Homenagem, Memória e Agradecimento...


Vida/Morte...Luz e Sombra...Tudo faz Parte, Tudo é Importante...Tudo Um..



Cemitério de Azinheiras Centenárias...árvores transplantadas/assassinadas com o alteamento da "instalação de resíduos" da Almina (2014)






Esta foi a árvore maior e mais antiga que foi arrancada e morta com a construção do novo açude... (verão de 2015) tinha 1 ou 2 séculos, ou mais...uma Azinheira pode viver mais de 1000 anos...como se contabiliza o seu Valor? em poucos minutos foi destruída... 









                                                    


Vídeos realizados um dia antes de começarem a construção  do  novo açude...









 e o começo da construção do novo açude...


 Primeira Grande Árvore Sacrificada...




Hino ao Pó! ... 


 Uma Semana Depois...

...
a continuar...